Rápida Resenha de X-Men #9 – Panini Comics

O evento Guerras Apocalípticas entra em seu terceiro mês e as equipes mutantes se espalham entre o presente, o passado e o futuro. Resenha praticamente livre de spoilers.

Capa de Ken Lashley com os Novíssimos X-Men

Extraordinários X-Men 10: de Jeff Lemire e Humberto Ramos

Após revelar que o pequeno grupo de adolescentes perdidos em um futuro apocalíptico constituído por GlobNão-Garota, Anole e Ernst ficou um ano (!) viajando por entre cidadelas, escapando de inúmeras ameaças e sem saberem como retornar à sua realidade, Lemire renova as esperanças do quarteto com a chegada de Tempestade e sua equipe, que precisam enfrentar os 4 Cavaleiros do Apocalipse do local, que inclui seu ex-colega Colossus. O russo foi arremessado para esse futuro com os jovens e, para salvá-los, fica para trás e é capturado pelos asseclas de Apocalipse que, como de praxe, adora transformar um dos X-Men em seu Cavaleiro líder, Guerra. Ramos cria boas cenas da batalha, e vale ressaltar que sua Cérebra no corpo de um Sentinela é muito impressionante. As cores de Edgar Delgado são excelentes com suas bem dosadas luzes e efeitos. Adoro como trabalha os tons dos fundos, criando atmosferas caprichadas para cada ambiente (a propósito, a Panini esqueceu de colocar os créditos aqui). A história ainda traz outra frente narrativa, estrelada por Magia, que parece ter criado um forte vínculo com Sapina. Lemire ainda consegue entregar reviravoltas, diálogos contundentes (pobre Forge…) e uma última página daquelas que pedem para o leitor voltar no mês seguinte. Nota 7,5.

Novíssimos X-Men 9: de Dennis Hopeless e Mark Bagley

Finalmente a equipe entra no mini-evento Guerras Apocalípticas e, como Gênesis faz parte do time, nada mais natural que Hopeless foque no jovem clone do próprio Apocalipse. O autor opta por revelar ao leitor os pensamentos de Evan enquanto acontece sua agitada festa de 16 anos, repleta de convidados ilustres, incluindo um Kid Gladiador atacando de DJ. Assim, temos uma bem-vinda recapitulação de sua origem, que certamente terá impacto neste arco. Gostei de ver, também, que o roteirista continuou desenvolvendo os eventos da edição anterior com Hank McCoy. Sem contar muito, Gênesis e o Fera serão enviados ao passado. Não sei como isso se ligará com o que está acontecendo nos outros dois títulos, mas fica claro agora que cada equipe-X está de alguma forma envolvida com o vilão da saga em um período diferente do tempo. Porém, a situação com a qual a dupla se envolve não me pareceu muito interessante, mesmo nesta edição especial com 30 páginas.

Desenhos e cores vibrantes deixam este título um colírio para os olhos

Quanto à arte, Bagley está de volta e sua presença é sempre gratificante. Acho um dos mais competentes desenhistas em atividade para retratar adolescentes e suas constantes crises existenciais, sua vivacidade, as expressões faciais, além claro da sequência narrativa que flui tranquilamente, como é de praxe de um grande veterano. As cores de Nolan Woodard realmente ganham muito mais vida no papel LWCNota 7,0.

Fabulosos X-Men 8: de Cullen Bunn e Ken Lashley

Ken Lashley, o desenhista escalado para ilustrar este arco dos Fabulosos, deve muito aos anos 90, e não necessariamente no bom sentido. Sim, porque os 90 nos quadrinhos norte-americanos mainstream produziu excessos de vários tipos – alguns dos quais o artista não perde a chance de nos lembrar – mas também trouxe obras memoráveis e grandes fases de vários personagens e autores. Expressões faciais frias, corpos com movimento duro, pin ups de bad boys and bad girls no meio da narrativa são alguns exemplos de problemas da arte de Lashley. Certamente há quem goste, mas depois de ver Humberto Ramos e especialmente Mark Bagley nas histórias anteriores, tais características saltam aos olhos. Mesmo não sendo unanimidade, tanto Ramos quanto Bagley são storytellers visuais muito superiores, e contam com aquilo que talvez seja o mais difícil de conseguir criar ao se trabalhar em HQs de super-heróis: um estilo próprio para chamar de seu! É abrir uma das páginas e imediatamente o leitor habitual identifica o nome do desenhista. Lashley é daqueles que ainda está à procura (será?) de uma marca própria. Quanto ao roteiro, novamente temos um autêntico “capítulo intermediário”, mas estou ficando um pouco entediado com os constantes dramas de Psylocke, Magneto e o Anjo/Arcanjo, que parecem não se resolver no tempo certo. A história paralela, com Dentes de Sabre, M e os Novos Morlocks também não empolga, porque o vilão que enfrentam é uma ameaça requentada de histórias esquecíveis da equipe Geração M dos anos… 90! Pelo menos Bunn traz Fantomex, ainda meio que sem uma justificativa muito clara, mas o anti-herói mutante é sempre promessa de algo interessante, especialmente quando encontra Betsy Braddock. Sem dúvida a revista mais fraca do trio de títulos de equipes-X desta Fase da Marvel, mas que ainda pode reencontrar o caminho bacana das primeiras edições após este evento e, com certeza, com outro desenhista. A conferir. Nota 5,0.

Nota Final desta Revista: 6,5.

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