Turma da Mônica: Jovem e Forte!

versões manga da tchurma

versões manga da tchurma

Esta não é exatamente uma resenha, e sim um breve comentário.
Li as edições ZERO (capa ao lado) e UM da propagada novidade.
Realmente… gostei muito!
É divertida, o novo estilo de traço – mangá tropicalizado – traz um benvindo frescor à narração e a cada página em que somos (re) apresentados a um personagem temos uma reação diferente. O Louco agora é um Professor? O Capitão Feio atualizou seu nome? O Cebolinha frequenta uma fono? Até o Anjinho tem uma versão adolescente?

Putz, e ainda dei boas risadas com os diálogos. Mesmo!
Excelente a iniciativa do Mauricio de Sousa e equipe.
Há rumores de que as primeiras edições esgotaram e o número QUATRO (aquela do beijo do Cebolinha e da Mônica) teve uma impressão recorde de 400.000 unidades!!!
Enfim, merece a badalação e as enormes tiragens.
Reparei – folheando as últimas edições, a CINCO e a SEIS – que o traço e quadrinização estão ainda mais próximas do estilo mangá, o que é até louvável pois aprofunda a radicalização.
Esse enorme sucesso é bom pro mercado nacional de quadrinhos, que precisava de uma “luz”. Veio de onde talvez menos se esperava… ou não?
E não sei como está funcionando a estratégia da distribuição mas é interessante que todos os números ainda estão disponíveis em livrarias, isto é, não estão “sumindo das bancas”. Legal mesmo.
Fui um leitor voraz na infância e é excelente saber que agora há dois “universos” da turminha nas bancas – o tradicional, que certamente vou apresentar aos meus filhos, e este mais adolescente que, aposto, eles mesmos vão correr atrás.
Parabéns, Mauricio, você fez de novo!

Lido: Wolverine Anual #2 (Editora Panini)

Capa da revista Wolverine Anual 2 da Panini

Capa de Wolverine Anual 2 da Editora Panini

Volume de Spoilers: Poucos, leia sem medo!

Segunda edição “Anual” com o baixinho canadense mais famoso do mundo.
A editora brasileira reuniu 4 revistas diferentes das originais americanas e o resultado é um painel diversificado do anti-herói mutante, que terá um ano agitado pela frente, sobretudo porque estrela um filme ainda no 1º semestre de 2009. A capa é do Michael Turner, custa R$ 13,90, 132 páginas.
No geral, gostei da revista. A fórmula destas edições “anuais” da Panini parece que vem dando certo para publicar histórias com qualidade acima da média mas que, por motivos de espaço, dificilmente sairiam nas edições regulares mensais. Vamos aos detalhes das 4 aventuras:

1. O Homem do Poço.
Escrita por Jason Aaron, um dos mais novos talentos dos quadrinhos autorais trazidos para a Marvel, e desenhada por Howard Chaykin, que é o oposto, por ser um veterano da década de 80 e que está num momento bastante prolífico de sua carreira depois de anos afastado das HQs. Esta é uma história bastante diferente e que, por conta disso, pode desagradar a alguns leitores. Sem estragar muito, vemos Wolverine capturado e sofrendo barbaridades nas mãos de uma organização criminosa secreta, com direito ao surgimento de novos supervilões. A ênfase é em um dos funcionários dessa quadrilha. Gostei de como as coisas se encerram, apesar de alguns clichês do começo da narrativa e desta história ser, no fundo, uma introdução a algum arco futuro – tanto é que ela foi publicada originalmente na revista mensal do personagem (Wolverine #56, Vol. 02, outubro/2007).

2. Incêndio.
De Mike Carey, um dos atuais roteiristas das histórias dos X-Men e ex-Vertigo/DC, e desenhada pelo sempre competente Scott Kolins, é uma daquelas aventuras em que Logan resolve tudo do jeito dele, com a particularidade de envolver uma família em perigo e incêndios florestais. Relações familiares, ecologia, terrorismo, superação… sutilmente o autor resvala em tudo isso sem parecer piegas e conta uma boa aventura. Nos USA foi publicada como uma edição especial (que eles chamam de one shot) chamada Wolverine Special Firebreak, de fevereiro de 2008.

3. Inimigo Público Número Um.
De Daniel Way e Jon Proctor, é a mais fraca, sobretudo por começar bem, intrigante, quase construindo um novo e criativo universo, ambientado no período da Lei Seca nos USA, e ter um final apressado e com desenhos simplórios. Aliás, porque um quadro com a cabeça do Wolverine se repete diversas vezes? Mesmo com referências à saga “Origem”, poderia ter sido bem melhor. Saiu como uma edição da famosa série What If da Marvel (traduzida no Brasil como “O Que Aconteceria Se…”), que atualmente é esporádica, chamada What If Featuring Wolverine, de fevereiro de 2006.

4. A Canção de Morte de J. Patrick Smitt.
Esta saiu de fato em um Annual da Marvel, o #1 de 2007, com texto de Gregg Hurwitz, atualmente um dos roteiristas das HQs do Justiceiro, e desenhada por Marcelo Frusin (artista argentino). História policial, e das boas, com ênfase nos “bandidos”. Apesar da crueldade dos marginais, chegamos a ter pena da história de vida e remorso de um dos criminosos (o tal Patrick do título).

Conclusão.
O maior “senão” de Wolverine Anual #2 com certeza é o preço, que já traz um reajuste provável para os próximos meses. É quase o dobro do valor de uma revista mensal, mas não chega nem perto de ter o dobro de páginas.
Claro que, se você é fã do personagem, deverá comprar por vários motivos: a primeira história faz parte da cronologia e traz uma prelúdio de um novo desafio e talvez de um futuro adversário importante do Logan. Além disso, há um punhado de feitos bizarros do fator de cura do mutante e, no geral, as histórias são bem produzidas, sobretudo os roteiros, mais para o lado “policial” e “aventureiro” e quase nada de climinha “super-heróico” dos X-Men.

Nota: 7,5.
É preciso dizer que gosto do personagem e já fui até um grande fã (início dos anos 90). Li muita coisa dele e, por conta dessa bagagem, posso afirmar com convicção que fazia tempo que não via histórias fechadas, bem contadas e de ângulos diferentes com o Wolvie.

Lembrando meus tempos de GIBITECA.

Ultimamente tenho tido uns momentos “saudosísticos” bem intensos. Adoro me lembrar da parte boa do meu passado, mas geralmente os fatos que ressurgem são os mesmos de sempre.

Desta vez, tenho procurado lembranças diferentes, que estão alojadas em algum local pouco acessado do meu hardware pessoal.

Hoje, ao fuçar nas minhas revistas mais alternativas, ou melhor, em alguns álbuns europeus, me lembrei com carinho da Gibiteca Henfil, aqui de São Paulo.

Eu a conheci quando ainda ficava na VIla Mariana, na Rua Sena Madureira, uns 15 anos atrás.

Na época eu estudava na ESPM, ali pertinho, então ao final de um dia de tarefas e aulas, era gostoso dar uma esticada até lá e me perder por horas nas prateleiras recheadas da Gibiteca. Gastei muito tempo sentadão ali junto às mesas e sofás lendo, folheando ou relendo centenas de revistas em quadrinhos, ou observando o movimento dos outros jovens, muitos ainda adolescentes e/ou carentes, também tipos mais alternativos, orientais que caçavam os então raríssimos mangás, além de vários aspirantes a desenhistas e figuras do “meio” que curtiam o local.

Foi ali que eu finalmente consegui ler revistas que ainda eram um mistério para mim, mas já tinha informação o suficiente do que era mais ou menos relevante.

Lucky Luke, Tin Tin, Corto Maltese, Valentina, Asterix e outras importantes criações mundiais foram reveladas para mim durante essas visitas – se não me engano semanais. Lembro que algumas edições eram permitidas levar pra casa… então era uma verdadeira festa: lia o máximo que podia lá e ainda levava outras pra ler antes de dormir!

Mangás e alguma coisa da América Latina, como a própria Mafalda, também foram descobertas ali.

E também lia as revistas em inglês que de vez em quando apareciam, como a Heavy Metal, Wizard Magazine, Ranxerox e álbuns especiais, como os do Will Eisner. Claro que eu também ficava garimpando algumas histórias mais antigas de comics de super-heróis, mas meu interesse pela Gibiteca era no “diferente” mesmo.

Foram ótimos tempos, mas tinha me esquecido completamente da existência e ignorava por completo o destino desse espaço, quando uns tempos atrás fiquei sabendo que tinha mudado de endereço:

Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso Tel. 3383-3490
Horário da Gibiteca – de 3ª a 6ª feira – das 10h às 20h
Sábados, das 10 às 17h / Domingos, das 10 às 17h
http://www.centrocultural.sp.gov.br/gibiteca/index.html

Legal saber que foi pro CCSP, um dos centros culturais paulistanos mais bacanas e especiais. No site diz apenas que a retirada das revistas é para residentes em São Paulo, capital… sorry aos de fora, mas fica aí uma sugestão para quem vier passear por aqui.

Dia desses – nas férias, quem sabe? – vou aproveitar e dar uma passadinha por lá… será que meu cadastro ainda tá valendo?

Lendo muita coisa ao mesmo tempo agora!

Que eu tenho alguma “doença” relacionada a ler muito, isso eu sei faz tempo rsrs.
Mas uma coisa que adquiri nos últimos anos, e que me irrita, é ler muita revista diferente ao mesmo tempo.

E não é só com quadrinhos não. É também com revistas (periódicas, de cinema, de viagem, de história, de negócios, etc.), com livros e até jornalzinho de bairro.

Não consigo parar. É compulsivo. Fico nervoso com a pilha de coisas a serem lidas, a pilha de revistas começadas e não terminadas, e depois fico neurótico em onde guardar as já lidas. Recentemente, descobri algo que me deixa bem aliviado: dar revistas lidas para parentes, amigos e pra quem mais estiver a fim de!

– Mas, afinal, o que estou lendo, atualmente, de Histórias em Quadrinhos?

. NYX – um encadernado da Marvel sobre mutantes bem jovenzinhos. Parei na metade, tipo, um ano atrás, e continua na pilha. É legal, mas já faz tanto tempo que preciso reler um pouco antes de concluir…

. Official Handbook of the Marvel Universe – este aqui é uma obra gigantesca, contendo histórias de centenas de personagens da Marvel, então são várias edições, e algumas continuam chegando ainda para mim, por isso parece algo interminável. Mas é extremamente útil e divertido.

. Guerras Secretas – outra coletânea da Marvel. Não é inédita para mim, conheço bem a história, mas eu preciso reler esta nova edição porque pela primeira vez saiu completinha no Brasil. Tá lá, guardada com carinho.

. Pixel Magazine – comprei várias edições mas depois da #3 não consegui avançar mais. Revista excelente, bem diversificada, mas preciso arrumar um tempo adequado pra ler as outras 10 edições que já saíram.

. Os Sete Soldados da Vitória – é uma minissérie da DC Comics, muito interessante e bem desenhada, mas eu perdi a edição #5 e isso me desanimou pacas, a ponto de não ter lido nem a quarta parte. São 8 no total. Acho que vi a edição perdida numa banca perto de casa, mas na hora (isso também é muito comum) fiquei na dúvida se era mesmo aquele o número correto…

. Lobo Solitário – é um mangá muito bacana e clássico, li só a primeira edição (dessa versão recente da editora Panini) e tenho mais umas 10 na sequência. Mas ainda preciso comprar as outras 18 partes, então esse vai demorar mesmo!

. X-Force (1º volume/USA) – tive a sorte de conseguir completar, comprando aos poucos em sebos e comic shops, uma enorme e boa fase deste grupo mutante, que por sinal não saiu quase nada aqui no Brasil, e tive a chance de ler os arcos finais, mas não os anteriores, que devem dar umas 40 revistas. Um dia, quem sabe?

. The Thing (3º volume) – outro material original americano inédito no Brasil e muito bacana. São poucas revistas, acho que consigo matar tudo de uma vez só. No final de semana, talvez.

. Biblioteca Histórica dos X-Men Volume 1 – interessantíssimo material, que finalmente está saindo aqui no Brasil com a qualidade e reverência necessárias, a coleção “Biblioteca” da Panini já tem uma quantidade razoável de edições, e consegui terminar a do Quarteto #1 e dos Vingadores #1, mas esta dos mutantes tá indo a passo de tartaruga. Mas é o tipo de revista que precisa do momento certo.

. Sandman – Sim, são os excepcionalmente belos volumes capa dura da Editora Conrad. Li com muito esforço o primeiro, agora preciso de fôlego pra começar os outros… 9! Aff!

. Obras Completas de Carl Barks – também não comprei todos, mas só os que eu já tenho dá pra gastar muitas horas… quem gosta da Disney e, em especial dos Patos, vai se deliciar com a coleção. Ainda tá saindo, pela Editora Abril.

. Os Mortos-Vivos #2 – é ótimo e estou realmente curioso com a continuação, mas, puxa vida, tem tanta coisa legal pra ler também… o Robert Kirkman espera um pouco mais…

. Calvin – álbum bacanudo e enorme. Nem comecei, pra ser sincero…

. Grandes Clássicos Marvel – Tô quase terminando o seminal Capitão América de Roger Stern e John Byrne, e começando o primeiro do Homem de Ferro… aquele do “Demônio da Garrafa”… tudo importante e vital. Já tinha lido antes, mas naqueles infames, incompletos “formatinhos” da Abril dos anos 80 e 90…

. Várias revistas mensais – Estão são as que leio todo mês, geralmente as que viram prioridade: Iron Fist; New Avengers; Avengers The Initiative; Marvel Comics Presents; Captain Britain and the MI13; The Order; Guardians of the Galaxy; Secret Invasion; Avante Vingadores; Marvel Action; Marvel Max; Universo Marvel; Marvel Especial (Namor); 52 e agora também a Fábulas Pixel.

Por favor, não me perguntem quais revistas e livros também estão na pilha, porque fiquei meio deprimido só de falar das hqs…
Abraços.